terça-feira, 14 de setembro de 2010

Somos diferentes, e complementares!

São as nossas diferenças que formam o todo da sociedade, e pela sua dignificação, é urgente que aprendamos a interpretar opiniões e a extrair delas o melhor. Quem julga saber tudo… é ignorante. Palavras e expressões menos compreensíveis no nosso texto de hoje, terão uma oportuna explicação. Obrigada! Sempre ao dispor.
Hermínia Nadais, http://textosdaescoladavida.blogspot.com



Essa coisa de espíritos…

Imaginemos um balão cheio de ar: todas as linhas de força convergem para a boca. Por analogia: o espírito quando encarnado é um balão cheio de ar em que as linhas de força convergem para a pineal (aquilo mesmo que já Descartes referiu como sendo o ponto de ligação da alma com o corpo) que, entre outras funções, desempenha a de emissor e recetor de pensamentos.
Consequência: a mediunidade é atributo orgânico, comum a todo o ser humano, embora nuns mais ostensivo do que noutros, qualidade que tem a ver com a quantidade de cristais de apatita.
A mediunidade nada tem de místico, pois obedece às leis da física; a mediunidade não é uma doença (a OMS reconhece-a como uma faculdade), mas que pode manifestar-se como doença quando descontrolada.

Com os sentidos que temos, vemos o mundo a três dimensões: comprimento, largura, altura. Mas os astrofísicos ao fazerem triangulações entre estrelas descobriram uma quarta dimensão, a do espaço-tempo, que também podemos nomear como dimensão espiritual. Neste momento já se fala em onze dimensões. Sendo que a distância que as separa pode não ultrapassar um milímetro, tal implica que os espíritos estão mesmo debaixo do nariz.
(Detalhe: há espíritos? Pela aplicação da lei de Lavoisier, que diz que nada se cria nem nada se perde, tudo se transforma, onde estão os “balões” inteligentes que animaram os corpos dos nossos antepassados?)
Toda a matéria visível corresponde a uma percentagem inferior a dois dígitos. E é invisível porque vibra a uma frequência diferente daquela a que os nossos órgãos dos sentidos estão aptos a captar. Assim sendo, aquilo que não vemos é noventa e tanto por cento mais do que aquilo que vemos.

Como se efetua a ligação entre dimensões?
Quando aceleramos a nossa vibração pela concentração do pensamento no bem, criamos forças de atração gravítica que como que por efeito de sucção criam canais entre dimensões. Os cosmólogos chamam-lhes wormholes (túneis de minhoca) e os que passam por Experiências de Quase Morte descrevem-nos como túneis de luz. (Se desacelerarmos a vibração até o arrefecimento a zero absoluto também nos tornaremos invisíveis. Os wormholes resultantes da desaceleração vibracional serão de trevas, tal como as dimensões a que acedem.)
É por este processo que os espíritos podem ser vistos e ouvidos, e captando o seu (dos espíritos) pensamentos através a pineal deles se faz intérprete o médium, seja pela psicofonia, pela psicografia, pela psicopictografia e outras modalidades.

A mediunidade leva à loucura?
Se o espírito encarnado é essencialmente desarmonizado, se é moralmente doente, se nada faz para se reequilibrar, naturalmente sintoniza seus afins. Sabido como é que as enfermidades morais produzem enfermidades físicas, as quais são potenciadas pelas ligações espirituais que estabelecemos, o contínuo pensamento viciado tende a romper o equilíbrio mental.
Pelo contrário, foi possível verificar-se que uma mediunidade votada ao bem, e particularmente com Jesus, funciona como um elixir da juventude.
É muito ténue a fronteira entre a sanidade e a loucura. Instantes de loucura todos podemos ter, porque todos somos médiuns e todos podemos penetrar outras dimensões nem sempre as melhores. Captando pensamentos desequilibrados o desequilíbrio faz-se nosso se não seguimos o preceito evangélico de vigiar e orar.

(Texto segundo o acordo ortográfico)

A. Pinho da Silva
Licenciado em Filosofia
antoninusaugustus@hotmail.com

Texto publicado no Notícias de Cambra, na rubrica "Espiritualidade"


Espiritualidade, não é falar de espíritos…



Espiritualidade não é falar de espíritos, mas mostrar formas de viver segundo o Espírito que nos anima

Esta rubrica sobre espiritualidade surgiu para partilha da forma como cada um se relaciona interiormente consigo mesmo, com Deus e com o mundo. Perante esta finalidade, surgir o comportamento dos espíritas, era inevitável, e ainda bem, pois o espiritismo, muito ao contrário do que me tentaram incutir faz tempo, não é nada de horroroso, é apenas uma forma diferente, como tantas outras, de procurar viver com Deus, o que é imperioso respeitar.
Todo o conteúdo do texto anterior se desenvolve à volta da pineal, uma pequena glândula formada por cristais de apatita que vibram conforme a captação de ondas magnéticas, localizada no centro do cérebro à altura dos olhos, considerada por certas correntes religioso/filosóficas como o centro do relacionamento do homem com outras dimensões, uma espécie de terceiro olho devido à sua semelhança com os olhos, com funções que foram e continuam a ser muito discutidas e discutíveis.
Para os espíritas a pineal é o órgão responsável pela vida espiritual e mental, interferindo, fundamentalmente, no campo sexual e no comando voluntário das forças do subconsciente e transcendente, psicoterapia, pictografia, estados de transe e mediunidade, clarividência, telepatia e talvez ainda outras; para os hindus praticantes do yoga, é o centro de energia responsável pelo desenvolvimento extra-físico, receptor e transmissor de energia vital; para os discordianos a pineal é o órgão de comunicação entre Éris, Discordia, e os seres humanos. No entanto, nenhuma destas variações consideradas é determinante, pois está convenientemente provado que retirada completamente a glândula por cirurgia não leva à morte nem a alterações evidentes na capacidade de pensamento.
Francamente, depois de alguma investigação debrucei-me mais profundamente sobre o teor do texto, e, muito embora considere de grande utilidade, acho desnecessário, de imediato, o tentar explicitar cabalmente o sentido dos termos e expressões nele usadas, pois apenas se satisfarão minimamente algumas curiosidades, se indignarão outras, e ainda outras, tal como eu fiz e continuarei a fazer, continuarão a procurar pelos mais variados meios a resposta às suas inquietações, na ânsia de crescer um pouco mais como pessoas - “dai-me homens que vos darei cristãos”.
O texto, muito embora seja científico por demais, está explícito, dentro do possível.
Aos poucos que seguem o espiritismo, em comparação, especificamente, com os inumeráveis cristãos católicos com quem convivo todos os dias, rendo a minha mais sincera homenagem, pelo assumir de vivências, pelo saber, coerência, empenho, persistência e coragem de divulgação.
Temos muita falta de exemplos concretos de vida de confiança em Deus e de amor e doação a Deus e aos irmãos. Temos muitas pessoas que dizem ser e não são. Temos que nos assumir tal qual somos, temos que ser honestos connosco e com quem connosco convive, custe o que custar, pois só assim o mundo encontrará o seu verdadeiro caminho.
Eu, pessoalmente, professo o catolicismo com todas as suas letras. Para acreditar e viver o melhor que posso e sei, Jesus Cristo, confio plenamente em Deus e medito diariamente na Sua Palavra, na Bíblia, Tradição e mais Documentos da Igreja, tenho a Oração e Vida dos Sacramentos nomeadamente a Eucaristia que me preenchem totalmente, tenho grupos de leigos com quem partilho a vida e que comigo tentam estar presentes a quem precisa. Eu não sinto necessidade de me embrenhar em nada que transcenda a minha humilde pequenez para ser imensamente feliz, numa luta constante por um maior amor a Deus e ao próximo.
Temos que fazer distinção de comportamentos. Um católico deve viver como católico, um espírita como espírita, no respeito total e mútuo. Estamos cansados de ver católicos a procurar descobrir o futuro, nas cartomantes e afins… o que não é aceitável num católico.
Quando os que se dizem católicos o forem de verdade, o amor será amado e o mundo ficará diferente.
Sejamos quentes ou frios… mas mornos, não, porque os mornos são abomináveis.

Hermínia Nadais
http://textosdaescoladavida.blogspot.com

Texto publicado no Notícias de Cambra, na rubrica "Espiritualidade"