terça-feira, 27 de dezembro de 2011

“Reflexão… para quê”!



Se qualquer final, seja do que for, é sempre tempo de reflexão, muito mais o deverá ser o final de um ano. Mais do que participar em comemorações festivas e escolher formas de acariciar os familiares e amigos evitando os habituais gastos que este ano se apresentam bem mais difíceis, o mês Dezembro deverá ser de um pensar sério em tudo quanto se tem feito e de um olhar mais convincente para o mais fundo de nós mesmos, pois é aí, bem dentro de si mesma, que cada pessoa conseguirá encontrar a sabedoria e força necessárias para fazer do mundo a imensa e próspera família que todos desejamos!...
Nesta noite de domingo dispus-me um pouco aos “gracejos” das “originais” conversas público/privadas da denominada “Casa dos Segredos”.
Aprende-se com o positivo e com o negativo, pelo que estas ruidosas conversas poderiam até vir a produzir uma aprendizagem muito considerável! Mas pela reacção do público, sinceramente, não me parece que o “saber ouvir e ver” seja uma qualidade da enorme maioria dos portugueses que se prendem por demais neste tipo de programas por mera distracção, e por não saberem nem quererem pensar na resolução das tormentas da vida e da crise!
O dinheiro e sucesso fácil são uma tentação e cada pessoa merece e tem o direito de ser respeitada tal como é… mas penso inúmeras vezes no tipo de pessoas em que nós, povo português, nos tornámos e continuamos a tornar!
Gostava de gastar algum do meu tempo numa análise mais minuciosa aos momentos público/privados destes eventos tão apreciados para por em relevo algo de mais útil sobre cada um eles… mas confesso que não sou capaz!
Admiro todos os intervenientes pelo aceitar dispor-se à mercê do que queiram pensar ou possam ver neles, o que é deveras complicado para qualquer pessoa. Mas, a vida dos outros só deverá interessar-nos para os ajudar ou para aprendermos com eles, e ali, além de não haver nada em que possamos ajudar também não é a analisar vaga e friamente as acções levadas a cabo sob tanta pressão que conseguimos aprender a avaliar minimamente as nossas próprias acções nem as de quem connosco convive, e muito menos de arranjar coragem para uma auto-crítica ou crítica positiva! Muito pelo contrário! Divertir-nos tanto a observar situações “sofríveis” pode levar-nos a encarar com a mesma naturalidade as parvoíces que os nossos filhos e netos possam vir a fazer e a continuar a brincar ao faz-de-conta com tudo quanto nos surgir na vida, esquecendo valores e responsabilidades!
Para termos a coragem de assumir os nossos erros e a correcção das nossas atitudes de modo a fazer, na realidade, algo de bom pela prosperidade e paz do mundo maravilhoso onde vivemos, é urgente aprender a escolher o que se ouve e o que se vê!

Feliz Natal e um próspero Ano Novo!
In: "Notícias de Cambra"