quinta-feira, 9 de agosto de 2012

INTERIORIDADE!




Cada “Ser Humano” é um todo, corpo e espírito, que tem de se preocupar por desenvolver capazmente todas as aprendizagens que possam enriquecer estas duas vertentes que o perfazem.
Temos a tentação de pensar por demais no corpo! Mas, “o mais importante é invisível aos olhos!” O corpo, qualquer que seja a sua realidade física, cor dos olhos, dos cabelos ou da pele, será sempre e apenas o cartão de visita da pessoa neste mundo físico onde todos vivemos e onde cada um, da concepção à morte, tem o seu lugar específico e o maior valor que se possa imaginar.
 A concepção e a morte são os dois maiores acontecimentos físicos do “Ser Humano”, pois quem foi concebido, morrerá, irremediavelmente. Daí, a enorme gravidade da provocação do aborto, que tira à pessoa a possibilidade da sua realização pessoal, e ao mundo o poder usufruir de todo o bem ou mal que essa pessoa poderia vir a fazer. Ainda que haja pessoas que nos pareçam menos boas ou mesmo más, são “Seres Humanos” com defeitos e qualidades que nos podem ajudar a crescer como quaisquer outros. Crescemos com o bem que nos encoraja e com o mal que nos leva a aceitar, rezar, compreender e perdoar.
Se… em vez de passarmos a vida a tentar encontrar o maior bem-estar e a arranjar soluções para a fome, frio, nudez e tudo o que nos afecta o corpo, déssemos prioridade ao cuidar seriamente da nossa espiritualidade, seria muito mais fácil resolver e ultrapassar todos esses problemas.
Em tempos idos, perante pessoas psicologicamente afectadas, já se reconhecia a dualidade corpo/espírito utilizando a expressão “mente sã em corpo são” ou “corpo são em mente sã”. Evidenciava-se ainda o “filho de burro sai cavalo” ou o “tal mãe tal filha”, para culpar o factor hereditário e a educação. Hoje, a essas situações comportamentais em que “os olhos falam do que o coração sente” e que por mais que nos esforcemos nunca conseguiremos reconhecer perfeitamente, chamamos distúrbios emocionais, stress, depressão. Mente, coração, alma, psiquismo, é tudo quanto só pode ser sentido no mais profundo das pessoas, no seu interior ou espírito! Mas, é delas que nasce a alegria ou tristeza, sucesso ou frustração, sabedoria ou ignorância, força de vontade ou indolência… tudo quanto ajuda a justificar a sua verdadeira educação  e a formar a verdadeira personalidade, o que a pessoa realmente é.
Cada pessoa é sempre o resultado da sua luta interior entre o bem e o mal, essas duas forças antagónicas e persistentes que determinam tudo quanto expressa nas suas atitudes corporais. Aprender a dominar os maus instintos, a fazer boas escolhas e a ter força para praticar o bem é trabalhar a interioridade.

Se não somos bebés, crianças, adolescentes ou jovens para termos ao nosso lado algum adulto que, melhor ou pior, nos vá apontando escolhas e aplanando caminhos, temos que aprender a trabalhar cada vez melhor a nossa interioridade, até a última das aprendizagens, a morte!. Que Deus nos ajude!

 In "Notícias de Cambra"