segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O VERDADEIRO VALOR DA VIDA – O AMOR!...


A expressão “Quem não vive para amar… não serve para viver” - é um maravilhoso legado de alguém que possivelmente já estará na outra dimensão da vida e quer que caminhemos para ela com determinação e segurança, onde quer que estejamos e sejamos quem formos.
Nascemos por Deus e para Deus que é AMOR! Por isso, ninguém nasce para si mesmo, mas para se colocar ao serviço dos outros conforme o exemplo de Jesus Cristo, amando.
Antes de começar a vida púbica de serviço aos irmãos mostrando-lhes como viver segundo as Suas Palavras e o exemplo da Sua própria vida, Jesus gastou trinta anos da Sua curta existência na pequena cidade de Nazaré, nas mais seguras orientações do Pai, entre o povo humilde e mais humilde que o próprio povo.
Ali foi sorvendo todo o contexto da sociedade do Seu tempo, desde a pastorícia e vegetação à pesca e aos diferentes estados de vida civil e religiosa, organização política e cargos públicos.
De bebé a adulto, como qualquer outro ser, foi descobrindo aos poucos quem ELE próprio era, vivendo em plenitude todas as vertentes da dimensão humana para poder preenchê-las da mais completa dimensão divina  - o AMOR  misericordioso, incondicional e gratuito.
O Advento, tempo de espera que precede a Celebração Festiva do Natal de Jesus, não pode ser vivido somente como  nos habituamos na lembrança do Menino rechonchudinho e maravilhoso, mas no esforço de tudo fazer para que nasça em nós o desejo sincero de vivermos de acordo com as orientações DESSE Menino que, por amar a todos como irmãos, acabou morto numa cruz como o maior dos malfeitores.
Falamos demais em amor, mas volvidos mais de dois mil anos, o “AMAR” ao jeito de Jesus continua a ser um “Mundo Novo” a desbravar bem dentro de cada homem e de cada mulher.
Ninguém conseguirá amar se não se sentir amado nem conseguirá amar os irmãos se não se amar a si mesmo, não com um amor egoísta e pretensioso, mas sendo capaz de descobrir os defeitos a evitar e as qualidades a desenvolver, de modo a poder ofertar aos irmãos o melhor de si – tal como Jesus Cristo nos veio ensinar.
Um dia, quando formos chamados para a Casa do Pai”, não seremos questionados sobre em que local ou religião vivemos, mas sobre o valor dado e o tempo gasto na busca do verdadeiro AMOR a Deus e aos irmãos e a força e coragem necessárias para vivermos segundo ESSE AMOR.
Eu, nasci de pais católicos e fui baptizada na Igreja católica onde vou procurar o conhecimento e força do Amor de Deus, porque é ali que encontro a melhor forma de viver NESSE AMOR… mas convicta de que o verdadeiro Amor de Deus está no mais íntimo de cada ser - o coração - e é aí que o Homem tem de O encontrar, seja de que forma for, em que religião for, ou mesmo afirmando que não tem qualquer religião!
Que a lembrança das vivências profundas do tempo de Natal que ainda nos preenchem o coração seja o suporte das dificuldades que nos forem surgindo, para que, reconhecendo claramente a verdadeira finalidade da nossa vida, tenhamos a coragem de repetir ao mundo e a nós mesmos, a alta voz, as sábias palavras de Santo Agostinho: “Ama, e faz o que quiseres!” Que o Ano Novo que já iniciamos seja cheio das maiores venturas.
In Notícias de Cambra

domingo, 8 de janeiro de 2012

“Renascer”!



Renascer é uma palavra que encerra tudo quanto deverá ser a nossa vida – um eterno renascer!
A Natureza, com toda a sua sabedoria, vai-nos exemplificando a necessidade de renascer! O dia renasce a cada manhã e a noite a cada entardecer; a folhagem e floração renascem a cada Primavera; a cada Inverno os dias solares renascem o seu processo de alongamento até voltarem à sua diminuição gradual no início do Verão; os frutos amadurecem a cada Outono…
A globalização e intensificação dos meios de transportes e comunicações escondem-nos algumas destas realidades, pois levam a que haja os mesmos frutos nos mercados durante todo o ano, o que faz com que só as pessoas muito ligadas à agricultura conheçam realmente os inumeráveis ciclos da vida dos animais e plantas.
A vida humana, do nascimento à morte, também obedece a ciclos. A criança nasce, é um/uma bebé! Pouco depois torna-se numa criança! E logo é um/uma adolescente! Logo encontra um par, e, os dois, unem as suas vidas que vão dar vida a outros seres! E, assim, a vida humana renasce todos os dias.
Com este renascimento palpável aos nossos sentidos corporais quero lembrar um outro renascimento que devemos fazer em nós – sermos melhores em cada momento de cada dia!
O nascimento físico de cada pessoa é um só; a infância, adolescência, juventude e idade madura, também são uma só. Por isso, cada momento da nossa existência deve ser passado da melhor forma possível, pois é único e irrepetível, e uma vez passado não mais existirá. É neste viver cada momento da vida que temos a possibilidade de renascer todos os dias para uma vida nova, mais verdadeira e coerente, mais altruísta, mais amiga, mais presente, mais consciente, e, consequentemente, o mais humana possível.
Se em todos os momentos de todos os dias não houver um renascer constante para as novas realidades da vida, algo está mal.
A vida de cada pessoa é uma só, pelo que, durante toda a vida, as experiências são únicas e irrepetíveis. Todos os segundos têm de ser bem aproveitados e vividos com muita intensidade, a comer ou a beber, a trabalhar ou a brincar. Até o nosso sono terá de ser regulado, pois se o dormir demais é tempo mal gasto e que não leva a nada, o dormir de menos pode fazer mal à saúde. Temos de ser moderados em tudo numa aprendizagem permanente como preparação contínua para a nossa última aprendizagem, a morte.
Neste início de um Novo Ano, que reconsideremos a sério no que temos vindo a fazer no tempo de vida que nos foi ofertado.
Fala-se por demais em dificuldades… porque ninguém as quer! Mas temos que nos convencer que é nas dificuldades que mais crescemos, pessoalmente e em grupo. Faz muitos anos que não se via tanta solidariedade como a que se viu nesta época natalícia nem como a que se continua a ver. O passar por dificuldades leva-nos a sentir mais profundamente as dificuldades do outro e a sermos solidários com ele.
Os tempos que correm, materialmente, podem ser muito maus, e são mesmo maus, não temos dúvidas, mas podem trazer ao de cima a moral e os bons costumes que há muito têm vindo a ser desprezados.
Amai-vos… como Eu vos amei – repetiu inúmeras vezes o aniversariante da festa de Natal que há pouco comemoramos! Amar é pensar no outro e querer para ele o melhor, é ajudá-lo quando necessita, é estar ao seu lado quando precisa de falar e não tem para quem o fazer… sei lá… tantas coisas podemos fazer todos os dias para nos tornarmos melhores, pessoas renascidas, realizadas e felizes!
Que este Ano Novo que iniciamos traga para todos tudo quanto de bom a vida possa ofertar!


In: Notícias de Cambra